Tudo indica que o Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-Yeol, gosta ainda menos de negociar com os partidos do que Montenegro.
Ele lançou a Coreia do Sul no caos, com o decretar da Lei Marcial, e a maioria do Parlamento votou pouco depois contra si (por 190 deputados, em 300 possíveis), apesar da Polícia ou os militares, que abandonaram pouco depois os seus lugares cabisbaixos, terem tentado impedir a sua entrada na Assembleia. Mesmo o seu partido, de centro direita, mostrando que não sabia ou não concordava com a medida, votou contra ele.
E embora o ministro da Defesa se tenha demitido, e assumido a completa responsabilidade sobre o assunto polémico, os manifestantes contra o Presidente apresentaram no Parlamento projectos para a demissão de ambos, a votar amanhã ou depois (constitucionalmente, deverá ser num prazo de 72 horas), que não se sabe o que lhe vai acontecer. Os projectos tiveram 190 assinaturas, que não incluíam o partido do Presidente, o de centro direita. Mas precisam de 2/3 dos deputados. E embora a oposição tenha maioria parlamentar, para os 2/3 fazem falta mais 8 deputados, do partido de centro direita.
Uma coisa é certa: se os manifestantes querem liberdade, como apregoam, não apoiarão a Coreia do Norte, que tem o regime mais ridículo que se conhece.