Vinagrete 24.06.10 – Eleições europeias

Não sei porque houve tantos jornalistas e políticos a frisarem ter havido uma pequena abstenção. Comparativamente com europeias anteriores terá sido mais baixa. E isso ficou a dever-se principalmente aos esforços do anterior Executivo. Mas ainda assim foi altíssima. Isso aliado às votações da extrema-direita, explicará porque o anterior regime durou tanto em Portugal.

            De qualquer forma, a moda da extrema-direita e da abstenção está visto que não é um exclusivo português. Como não o é nacionalizar estas eleições. O eleitorado português até deu mostras de uma maior maturidade.

            Diga o que se disser dos resultados eleitorais, em democracia ganha-se ou perde-se por um voto. Portanto, o vencedor em Portugal destas eleições foi o PS, que escolheu bem a sua candidata, e não se pode queixar do resultado, dado o seu líder (que ainda assim terá conseguido muito). À AD não valeu a popularidade, do chefe do Governo, que escolheu mal o seu candidato, e tem um Executivo menos popular do que ele. Talvez mais ligado ao seu antecessor (e, daí, manter certas pessoas, apesar do que o próprio bramou contra os socialistas).

            Não conseguimos escapar à moda da extrema-direita, embora o país se diga católico. E apesar de tudo eu considero preferível a IL ao Chega, mesmo não sendo nenhum deles nada católico, como melhor disse o Papa Leão XIII (o fundador da economia cristã).

            De todos os modos, melhor do que outros países europeus, tendo os moderados que passar a negociarem com algum partido da extrema-direita. Estaremos preparados para abandonar a UE, se a extrema-direita a dominar algum dia?

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