Este texto devia ter sido publicado ontem. Só não foi, por causa da urgência por mim definida. Mas já estava escrito.

            E continua importante, pelas pessoas a quem oiço comentários desfavoráveis ao 25 de Abril. De onde, me parece importante deixar a minha posição, de quem esteve contra o antigo regime com o mesmo fervor que estive contra Vasco Gonçalves, e por isso achei também importante o 25 de Novembro.

Mas relativamente às celebrações, tenho a mesma atitude do chefe militar do 25 de Novembro, Ramalho Eanes: penso dever-se celebrar mais o 25 de Abril, que foi a data fundadora do novo regime. E estou francamente agradecido aos militares da época, que proporcionaram a revolução dos cravos. De resto, as pessoas que vociferaram contra o 25 de Abril, são normalmente as que pedem a celebração do 25 de Novembro – lá está, por neste data se ter reposto a pureza do 25 de Abril. Sem normalmente terem feito nada por isso, ao revés de outras pessoas. E não iriam ficar nada satisfeitos com a gente que tinham de celebrar: Melo Antunes, o ideólogo do 25 de Novembro, mais os seus companheiros do Grupo dos Nove; e o chefe militar, Ramalho Eanes. Até porque os que vociferam contra o 25 de Abril, também vociferam contra eles todos.