Passos Coelho reapareceu na livraria Buchholz, em Lisboa, para apresentar o livro Identidade e Família, que já tinha um prefácio de Bagão Félix. Tudo indica que nenhum dos dois leu o livro, embora só o primeiro o tenha afirmado claramente. Foi escrito por gente tão conservadora, que nem eu o li. E vou dar de barato que o Bagão Félix também não, ou não faria sentido estar no CDS de Freitas do Amaral e Amaro da Costa.
Já Passos Coelho, a avaliar pelo que ele disse na altura, devia estar antes no Chega. Porque tenho muita pena, mas os eleitores do Chega não me merecem qualquer respeito. Apesar de não estar nascido na altura, e isso ser razão para alguns não saberem o que se passava antes de nascerem, sei que os nazis tomaram o poder de forma democrática, e logo a seguir trataram tão mal os democratas como Mussolini. De resto, gostava muito de ver Passos Coelho candidatar-se hoje em dia a alguma coisa, porque não acredito que seja eleito. Portanto, será melhor continuar a gozar calmamente da reforma doirada que conquistou à nossa custa, e não voltar a incomodar-nos. Quanto ao milhão de votantes no Chega, não me admiram nada. Imagino que o número de apoiantes do antigo regime será isso. Ou nem tanto, porque alguns terão ido ao engano.