Fui das pessoas que se enganou bem com Mariana Mortágua, quando lhe augurei muito maior sucesso do que Catarina Martins, como líder do BE. Ela é melhorzinha. Pelo menos não tem o sorriso amarelado e trocista de Catarina, e dá mostras de maior convicção. Mas continua a faltar-lhe um aspecto essencial que deve ser valorizado (aparentemente é-o) pelos eleitores do BE: o não se tratar apenas de um partido de protesto, que não quer implicar-se nos aspectos menos reivindicativos do governo.
Mariana Mortágua parece ter optado pelo que será para ela a via aparentemente mais fácil: a do populismo reivindicativo. O que vale é os eleitores muito de esquerda que querem implicar-se na governação terem sempre uma boa opção: a do Livre de Rui Tavares.