Feijó estava enganado se achava que podia chegar ao governo com ajuda e empurrão de Pedro Sanchez, do PSOE, como Aznar chegou em 96, com a ajuda de González. Nessa altura, Felipe González estava farto do Governo, e nada ali lhe corria bem. De modo que q uando os nacionalistas foram ter com ele para formar Governo, aconselhou-os a falarem antes com Aznar. E fizeram um negócio que se revelou útil para as 2 partes.
A situação agora é distinta. E embora Feijó pareça o líder mais democrático do PP ( partido, uma união de diversas forças da direita, que surgiu sem vergonha nenhuma ligado aos franquistas, a começar por Fraga Iribarne, o grande obreiro da tal união). E apesar de Feijó procurar apoios externos (como o religioso), e querer à força formar governo, sem ter maioria parlamentar, não deve contar com Sanchez, que conseguirá mais depressa apoio parlamentar.
O resultado das eleições espanholas parece-me bom para Portugal, na medida em que a solução da extrema direita foi ali recusada pelo eleitorado.