Já se viu como Christine Lagarde tem a difícil tarefa de suceder a Mário Draghi, que nem sempre fazia o que se esperava ortodoxamente, à frente do BCE.
O problema é haver a ideia de que a sua verdadeira preocupação é ter o euro mais forte que o dólar, não se importando para nada com as consequências. Mas desta vez tem uma união contra: em Portugal, desde o PR ao Govderno.
Talvez Catroga tivesse razão neste ponto, no discurso que proferiu na homenagem que lhe fizeram recentemente: os governos, com o tempo, tendem a ser mais c conservadores (e ortodoxos), deixando assim de ser reformistas. Talvez o sucesso do actual governo português seja esse: os ministros das Finanças estiveram pouco tempo, e puderam ser sempre heterodoxos. E alguns jornalistas económicos sofrem pela sua especialização e por serem demasiado ortodoxos.
Mas terá sido alguma vez Lagarde como Draghi? Será mesmo só uma questão de discurso, como pretendem alguns, ou irá até à ortodoxia? De qualquer modo, Lagarde por muito que digam não está à altura do necessário.