Já estávamos habituados às oposições populistas de direita e esquerda, que por não terem iguais perspectivas de governar, podem prometer a todos este mundo e o outro, e procurarem preencher os nichos do eleitorado mais ‘pavloviano’, acreditando ou não nas promessas.

            Agora de um partido com vocação de governo, não estávamos habituados a isso. Se Costa se continuar a mostrar pouco responsável no Governo, talvez nos seja igual tê-lo a ele ou outro qualquer parecido em primeiro-ministro. Ou até deverá ser melhor outro.

Assim que o PSD mudar para alguém mais semelhante a Rio ou Marques Mendes, como líder, talvez seja o momento de o eleitorado mudar também. Apesar de todos sabermos que foram os partidos sociais-democratas que enriquecerem o norte da Europa (e o PSD estar a ser cada vez menos isso), o PS já está há tempo de mais no Poder, independentemente da forma de Costa. Que sempre será melhor do que Montenegro. O qual só me faz lembrar a oposição socialista a Cavaco, quando se limitava a dizer mal de tudo o que prometia e fazia, justificando assim plenamente as  suas maiorias absolutas.

De resto, agora nem se procuram alternativas políticas. Só casos e casinhos para ver se lá se chega. Resta-nos, portanto, a oposição de Marcelo.