Quando vejo os noticiários, penso como nós vivemos numa espécie de paraíso. É certo que isto da falta de combustíveis, por causa da greve dos

Dinheiro Vivo
camionistas, é bastante maçador. Ainda por cima, em plano período de férias.
E não consigo compreender que as TVs e a imprensa em geral dêem um tão grande excesso de espaço ao assunto, quando apenas pretendíamos ter o noticiário resumido (e supomos que seria esse o seu papel intermediário). Por exemplo, seria bom que, ao ouvirmos porta-vozes de partes contrárias, afirmarem com igual convicção coisas opostas, esperaria que os jornalistas tivessem feito algum trabalho útil de campo, para nos informarem o que é verdade e mentira nas afirmações de cada parte.
De qualquer maneira, nos noticiários sobra ainda algum espaço para notícias longínquas muito piores. Em Hong Kong luta-se pela liberdade, como nós por cá já fizemos em tempos. E a Rússia continua a fechar-se numa total falta de transparência, cada vez que há uma fuga nuclear, para mal dos russos e de outros que podem ser atingidos.