Vinagrete 19.02.06 – Drama na Venezuela

Claro que o drama na Venezuela é grande, e todos desejamos ver dali afastado Maduro. Mas será que discordâncias absolutas com dirigentes devem alterar a política externa dos países, levando a reconhecer regimes em vez de Estados? Não haverá o perigo de se criar uma segunda Líbia?

Venezuela, Observador

Admitamos que há alturas e, que isso sucede. Ainda assim, parece lógico que Maduro faça prova da sua existência, recusando a entrada do nosso grupo de Operações Especiais de 8 homens, com armas e bagagens. Não sei se o poderia fazer co uma força militar a sério. O probleme é a falta de confiança no opositor assumido (que, apesar de tudo, tem esse mérito: assumiu-se numa situação difícil).

Aqui o que interessa desde o princípio é ver como vai actuar a tropa venezuelana intermédia. Apesar das obediências hierárquicas castrenses, vimos em Portugal como a Brigada do Reumático não valeu de nada, perante a determinação dos capitães do MFA. Por isso talvez não seja suficiente Maduro ter corrompido uns tantos generais. Parece que 3 deles já passaram para a oposição. O 25 de Abril em Portugal, se bem me lembro, fez-se apenas com 2 – os outros foram feitos generais à pressa. Vejamos pois o que se passa lá. E fiquemos com a ideia de que na altura em que enviarmos um contingente grande, com muito mais de 8 homens, ele entrará ali mais à vontade. Por algum motivo Maduro sentiu necessidade de armar (criminosamente) civis. Talvez venham a funcionar como sua guarda pretoriana – depois de ser efectivamente afastado, e se uma tropa a sério não os varrer em segundos.

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