Regresso dos emigrantes, Tabelião – Alfarrabista Transmontano

António Costa sacou da cartola uma medida que parecia consensual para apoiar o regresso de emigrantes forçados a partirem pelas políticas restritivas de Passos Coelho.

Agora há quem diga que isso pode parecer injusto: desde logo todos os que não se lembraram da medida; depois, os que se podem sentir descriminados; finalmente, os que defendem tratamento igual para todos os emigrantes que queiram regressar (da Venezuela, de Angola, de ode quer que seja), e ainda dos que não chegaram a emigrar.

Sou sensível aos que se possam sentir discriminados, por não terem emigrado. Já não o sou entre os que comparam o regresso estilmulado de quem poderia não querer regressar ou estar hesitante (pretendem-se os mais qualificados, porque os de nível baixo estarão isentos de IRS), tendo sido obrigado a sair por medidas restritivas do anterior Executivo, e outros que saíram por acharem melhor irem procurar novos brasis, mas agora querem voltar porque esses brasis estão a desiludi-los (casos da Venezuela ou de Angola). Talvez esta gente também precise de ajudas, uma vez que os actuais sistemas não prevêem riscos associados aos azares dos mercados. Mas não podem ser confundidos com quem saiu por não ter cá perspectivas devido às políticas económicas da altura, e se pretende agora estimular o regresso. Imagino que o período previsto dos ‘realmente sacrificados pela política e atirados para fora da chamada zona de conforto’ possa ter de ser revisto.