Vinagrete 18.08.13 – O excesso de anti-trumpismo

Nada de confusões: não se imagine que eu passei a gostar de alguém como Trump. Mas começo a estar farto de ler toda e gente, na imprensa europeia, e mesmo na mais responsável e de maior qualidade norte-americana, a dizer mal de Trump, sem resultados palpáveis a condizerem.

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Não me espantaria que Trump, um idiota e mentiroso compulsivo, viesse a ganhar as próximas eleições com mais votos do que aqueles poucos (para um vencedor) que teve nas últimas presidenciais, e portanto mais a sério do que as anteriores (como, de resto, aconteceu com Bush, seu arqui-inimigo, que só por isso, por sê-lo, já parece mais razoável).

É que as pessoas, na sua imensa maioria (as excepções são poucas, e talvez de gente intelectualmente muito sofisticada), não querem hoje saber de verdades, mas daquilo com que concordam. Já lá vai o tempo em que preferiam estar bem informadas. Lembro-me ainda de uma conversa há muitos anos, numa carruagem de 1ª classe num comboio, em que um senhor dizia a outro preferir um determinado jornal, que já sabia ser pouco preciso, porque dizia aquilo com que concordava. O outro preferia estar bem informado, mesmo que contrariado nas suas convicções com o que lia. E pareciam os 2 igualmente de direita. Outros tempos. Hoje, uma certa maioria vai carneiristicamente por ler o que gosta (mesmo as tais fake news), e não quer saber da boa informação.

Até nisto Trump tem sorte. É uma imensa escumalha à imagem dele.

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