Afinal, Putin parece ser o menos autoritário dos dirigentes de um Leste europeu, aparentemente fadado para o autoritarismo, e feliz com ele. Lembrei-me disto a propósito das eleições na Hungria, onde os alternativos a Orb´nn com maiores hipóteses eram de extrema-direita. Devemos com isso ficar satisfeitos com a vitória de Orbán? Penso que não. Há países em que a democracia prefere entrar democraticamente de férias, e entregar o Poder a autoritários.

Orbán, Globo

Penso é que a UE deve preferir defender alguns valores ocidentais, e deixar essa gente de fora, contentinha com os seus autoritarismos antieuropeus. Para já, estou a pensar na Polónia e na Hungria. Porquê a UE gastar dinheiro com subsídios a um eleitorado que adora autoritarismos, e não parece nada europeu?

Mas há casos horríveis na África Negra e na América Latina. No Brasil, ficou bem claro o Poder de uma Direita, aliada de uns juízes corruptos, que odeia políticos que desenvolveram o país e tiraram milhões da pobreza mais abjecta, enfiando-os agora na prisão ou fora do Poder, e voltando a viver encantados com a sua corruoçãozona. Independentemente dos idiotas úteis que por este mundo fora se encantam com uma Justiça qualquer a impor-se a políticos impolutos. Vá de condenar um ex-Presidente, por um apartamento que ele não quis (parecem pensar que deveria ter querido, para ao menos poder ser condenado de forma mais limpa, mas lá se vão produzindo as condenações de qualquer forma).

Bem sei que há agora questões mais dramáticas e urgentes: desde a possibilidade de legislativas antecipadas em Portugal, e uma guerra nuclear por causa da Síria (parece que já ninguém nos EUA liga nenhuma a Trump, e cada vez valem menos as suas diatribes; mas a guerra continua a ser demasiado grave para se deixar nas mãos de uns militares que agora parecem estar ali à solta, pela visível incapacidade de um Presidente em funções). Mas o que querem? Também é preciso dar importância a estes títerezinhos do Leste que estão dentro da UE.