
Jornal Económico
Não sei porque é que as Misericórdias não deverão ter um Banco, e sim outros negócios. Será porque se considera a Banca uma aldrabice pegada? Então porque se critica apenas a Santa Casa de Lisboa, por querer entrar no Montepio, e não se proíbem as actividades Bancárias? Ao menos as actividades bancárias mais especulativas e aldrabonas? Ou será só para criticar o Governo por tudo e por nada, e para abandonar a crítica (como se passou com a Raríssimas, quando se descobriu que a senhora alvo das principais críticas era do PSD, e não do PS como se julgava antes?) mal se veja que não é o Executivo a estar em causa?

SCML, CM
Claro que admito haver uma má ideia especialmente do Montepio. Nesse caso, não se critique a Santa Casa por pretender entrar num negócio que parece bom (sobretudo quando não se dedica a uma pura especulação ou a aldrabices várias, com a segurança de que os governos porão os contribuintes a pagarem os prejuízos) – o da Banca –, mas apenas pelo caso concreto do Montepio.
Tenho para mim que as Misericórdias fazem negócios variados, para incrementarem o dinheiro com que acorrem às suas acções sociais. E isso nem me parece mal. Suponho que até poderão moralizar os negócios, tendo actividades apenas limpas – incluindo na Banca.