Percebi há dias porque simpatizei de início, e pelos vistos com razão, com Emmanuel Macron. Ao vê-lo, ao lado de Erdogan, e

Macron com Erdogan, BBC
recebendo-o oficialmente em Paris, numa conferencia de imprensa, dizer as últimas sobre o seu governo turco, e considerar não ter condições para aspirar a uma adesão europeia. E a seguir apertar-lhe a mão cordialmente, mas com um sorriso amarelo de quem tem vergonha de o fazer. Boa!
Eu penso o mesmo. E tenho pena de imaginar que nenhum líder do meu país teria coragem para fazer o mesmo. Só me ocorre o ar demasiado ‘pressuroso’ com que os dirigentes do PSD sempre acolheram os destemperos de certos Executivos ditatoriais africanos, nomeadamente os do anterior Poder angolano (ainda por cima endinheirado). E tenho saudades de recordar um Mário Soares desassombrado, a tratá-los como os ditadores corruptos que eram, cheio de desprezo por eles. Mas será que ainda haverá gente assim no PS? Ou já não há, e é por isso que Soares é tão detestado pelos subscritores da moção que se opõe a dar o seu nome ao novo aeroporto de Lisboa – como os espanhóis deram o nome de Adolfo Suarez , pessoa que entretanto se torrnou por lá pouco consensual e deixou de ganhar eleições muito tempo antes de morrer, ao de Barajas (Madrid).