Vinagrete 17.11.08 – Trump no seu pior

Fotografia de hongkongfp.com

Faz hoje um ano a eleição inesperada de Trump. A que pôs de moda as ‘fake news’ ou ‘falsas notícias’. Mais as relações demasiado próximas entre Washington e Moscovo, para conseguir apoios contra a candidata rival. E a estupidez, aliada à completa irresponsabilidade (que maior imbecilidade poderíamos querer?), mais absoluta no Poder. Não sei se felizmente, também Trump está a travessar o mínimo de apoios de um Presidente americano em funções – o que nem espanta. Só nem sei se vale a pena regozijarmo-nos com isso, porque as sondagens, valendo o que valem, nunca o dariam eleito. Mas como alguém notou, está-se a banalizar o horror a tudo o que antes era rejeitado em política, e gora as democracias abraçam (Trum, nos EUA, e um condenado como Isaltino, na portuguesa Oeiras).

E cá estamos a sentir na pele o pior de Trump (nunca esperei dele nada melhor). Foi a sua ignorância suicida sobre o clima, e mais recentemente a parvoíce de UNESCO (abandonada pelos EUA, por decisão sua). Para já não falar do isolacionismo comercial da nova Washington. Com as armas nucleares, e o torcer de nariz ao seu controlo que deu maior poder à América, talvez leve concorrentes a lançarem-se numa corrida desbragada, sem conseguir que os EUA entrem nessa mesma corrida. Nunca a Coreia do Norte se tinha atrevido a ir tão longe como com ele, que ninguém (salvo os seus eleitores) leva demasiado a sério – como se volta a comprovar nesta sua digressão asiática, em que é até recebido com bastante cordura pelos seus hospedeiros.

Conclusão: não só os EUA, mas todo o Mundo, merecem um Presidente melhor na Casa Branca de Washington. Os EUA e o Mundo estariam seguramente mais seguros com alguém inteligente como Obama ou Clinton (bem vêem que nem falo de esquerdistas, mas apenas gente com mais cérebro). Por alguma razão todos os ex-Presidentes vivos dos EUA, dos 2 grandes partidos, se têm unido em eventos (mais ou menos declaradamente) contra Trump (mais a sua por muitos apreciada escassez cerebral). Até ex-Presidentes poucochinhos (como Bush-filho) passam agora por grandes figuras.

Como lembrava o cartoonista Bartoon, do Público, ontem houve a efeméride de um acontecimento que abalou o Mundo (a conclusão da Revolução comunista russa, que começara na véspera, há 100 anos), e hoje a de outro que abalou ‘a paciência do mundo’.

 

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