É extraordinário como após 38 queixas comprovadas na PSP – 32 delas sempre referentes aos mesmos 8 seguranças acusados de agressões – (digo comprovadas, porque li ter a PSP ignorado e não registado várias queixas), a empresa que prestava serviços de segurança à boite Urban Beach, a PSG, vem agora lastimar os factos e dizer que deixa de prestar serviços a casas de diversão noturna, por não ter conseguido evitar ali os problemas de segurança.

Fotografia do JN
Na verdade, também o grosso das pessoas e o Governo necessitaram das imagens gravadas subrepticiamente e passadas na comunicação social – ou nas redes sociais, siponho que esta particularidade não interessa, ao contrário de Marques Mendes – para reagirem. No fundo, tem sido sempre assim: mesmo com os abusos da Polícia nos EUA. Quando há imagens gravadas, o caso muda de figura, e torna-se mais grave. De resto, o público ignorava no mínimo as 38 queixas (já vimos que poderiam ser mais).
Mas a empresa de segurança PSG não as ignorava certamente, e veio assim mostrar que não deve ter licença para actuar nesta área, nem em casas de diversão noturna, nem em nenhum outro cenário. E os caramelos que continuaram a pontapear um desgraçado caído no chão sem se mexer, e a saltar-lhe em cima de cabeça, como mostram as imagens, podem servir para tudo (pelo que sei, até para a PSP, onde parece serem também correntes esses casos), mas seguramente nunca para fazerem segurança. Mesmo que as análises hospitalares não tenham chegado a comprovar nenhum óbito, ou desarranjos irremediáveis (o que por vezes, e por sorte, sucede), apesar do que possam dizer advogados seus (com um humor negro indiscutível).
E eu nem sou defensor de juízos populares ou imediatos. Mas confio nas provas. E as imagens constituem uma boa prova.
Assim como o número excessivo de queixas (as tais 38, das quais 32 em relação aos mesmos acusados, pelos vistos mantidos em funções, referem-se apenas a este ano). Será mesmo impossível com a actual legislação afastar seguranças seguros e empresas de segurança que contribuem assumidamente para a insegurança (que pretendem depois mascarar com comunicados disparatados)?. referem-se apenas a este ano).úmero úmero