Prédio da casa de Medina, na esquina da Luís Bívar com a Duque de Ávila, fotografia do Público

Pelos vistos, para se ser candidato autárquico, não se pode mexer uma palha, nem comprar casa, nem nada. Se não, pode vir a denúncia anónima, e o candidato ficar sujeito a um inquérito do nosso Ministério Público – especializado em manchar reputações com inquéritos sem fim nem conclusões.

Vejam lá: Medina comprou uma casa. Para azar maior, a vendedora era da família Teixeira Duarte. Família que abunda em negócios de construção pela cidade, pelo país e pelo mundo. Então o melhor é mesmo não comprar casa, não vá ter o azar de calhar algum familiar de um empresário. Num país em que toda a gente sempre é da família ou conhece alguém que o é. Ou então, o melhor para o próprio (claro!) seria aldrabar e precaver-se – como se supõe que fazem os aldrabões, que o nosso Ministério Público nem deve cheirar.

De qualquer modo, depois de ver a coisa feita notícia, o melhor é explicar tudo bem, e afastar-se o mais possível da Teixeira Duarte. Apesar de o País nos mostrar ter tendência para eleger com maior veemência todos os pecadores.