Passos Coelho, disse este ano no Pontal: «Porque é que não discutem na sociedade portuguesa as implicações que para a segurança do país a médio e longo prazo isso pode trazer? Da mesma maneira pergunto: o que é que vai acontecer ao país seguro que temos sido se esta nova forma de ver, a possibilidade de qualquer um residir em Portugal, se

Passos Coelho ‘perdido’ no Pontal, fotografia do DN

mantiver?» E foi antes de Barcelona.

Pedro Tadeu, colunista do DN, e comunista assumido, escreveu a propósito: «O líder do PSD não se importou de liberalizar a imigração de ricos, mesmo se isso facilitasse a vida a alguns criminosos, mas a imigração de pobres é coisa que o aborrece, e aí a questão da segurança já lhe serve de pretexto para a tentar impedir. Isto não é mesmo racismo nem é xenofobia, isto é preconceito contra os pobres».

É que, como Tadeu lembrou, foi ele, Passos Coelho, que liberalizou uma certa imigração, pelos vistos muito dada ao crime, com os ‘vistos gold’.

Eu estou em crer que Passos Coelho não pensa muito no que diz, mas procura de qualquer modo conquistar votos. E, bem ou mal, há um certo populismo anti-imigração que até tem eleito alguns presidentes, como nos EUA, na Polónia ou na Hungria. Estou em crer que ele aposta nisso, sem outras intenções ou coerências, ou sequer recordações das próprias acções. Parece-me que ele só tem um fito, e é mais oportunista do que fascista. Nisto da imigraçãoo e no resto.