No fundo sou contra a judicialização da política (tal como reafirmou Marques Mendes na SIC). Sobretudo tendo em conta a pequenez

Justiça aparvalhada, fotografia de justicaaominuto.com
profissional dos nossos magistrados, mas não apenas por isso.
O que se passou em Oeiras, com Isaltino Morais, mostra essa pequenez, de ambos os lados da magistratura judicial. Primeiro, aparece um juiz, amigo de um dos candidatos, a decidir a favor deste (mesmo com razão, soava evidentemente mal). Depois, como caiu o Carmo e a Trindade, o recurso de Isaltino deu-lhe razão, sem ele obviamente a ter. Porque ir buscar assinaturas em folhas em que o candidato não aparece identificado leva as pessoas ao engano, e nunca deveria ser ratificado por um juiz. Bastava que ele não fosse amigo de nenhum candidato.
Pelos vistos, o outro a juiz era amigo do rival de Isaltino, e o que prevaleceu puxa mais para o Isaltino. A independência judicial é que não vingou por aqui. Pelo menos aparentemente.