Incêndio de Pedrógão, fotografia do Expresso

Como é muito costume, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa também desta vez tem muita razão. A hora, na tragédia do incêndio de Pedrógão é de combate. Depois lá se verá se a culpa não morre solteira, como querem sempre os populares sangrentos nestas alturas, muito apoiados pela imprensa cada vez mais sensacionalista: um culpado qualquer. Mas é que desta vez presta-se. Há anos que temos incêndios, e será necessário tomar medidas (como pelos vistos não foram ainda tomadas por nenhum Governo) para os evitar. E agora até podemos ser muito independentes, porque não perece haver nenhum partido político que possa atirar a primeira pedra: basta que tenham chegado à Assembleia da República ou tido alguma influência governamental. Duvido que se safe algum.

O secretário de Estado massacrado pelos incêndios abraçado pelo Presidente, fotografia do Sapo

De resto, o secretário de Estado que tem estado desta vez a dar a cara, Jorge Gomes, da Administração Interna, já passou por uma experiência pessoal difícil com incêndios, quando em meados dos anos 1980, vivia em Sendim (concelho de Miranda do Douro), e um incêndio lhe destruiu a casa. Pelo menos este, apresenta currículo de sofredor e prejudicado.

Mas lá chegará a hora dos que pedem sangue. Parece lógico que a culpa não morra solteira, e arraste gente de todos os quadrantes que tiveram ou tenham responsabilidades políticas. Neste momento, é a hora do combate. E da dor.