Passos Coelho, fotografia de geringonca.com

Passos Coelho não tem sido bafejado pela sorte em política.

Conseguiu, numa vida empresarial sem grandes estudos e nenhuma preparação (só tráfico de influências políticas) pôr os contribuintes a pagarem-lhe fornecimentos a dezenas e dezenas de aeroportos ou aeródromos não existentes no País. Mas , de resto, a sua acção tornou-se um susto: estamos lembrados do excesso de austeridade desnecessária (como se vê).

O grande mérito da sua vida foi conseguir ficar à frente numas eleições, depois de uma política errada e castigadora (muito típico em democracia), mas de que não saiu chefe de Governo (problemas do

Passos às araras, fotografia de narrativadiaria.blogs.sapo.pt

parlamentarismo que nunca percebeu). Depois era o Diabo que estava a chegar de foguetão, para vir mais depressa – mas não veio. A seguir as próximas legislativas, que seriam antes das autárquicas – mas aparentemente não vão ser.

De qualquer maneira, seguro, seguro: foi acusar o novo governo de reverter todas as suas medidas. Agora que os objectivos são na linha dos que ele prosseguia, mas muito melhores, quer colar-se à coisa, e falar do que para isto contribuiu o seu governo. Tanto, que afinal a reversão das medidas aparentemente não fez mal.

Enfim, Passos e Sócrates nunca me convenceram. O PS renovou-se um bocadinho, embora à esquerda de Sócrates. Agora falta o PSD acabar com Passos. Esperemos que o futuro nos sorria a todos, acabando com ele.