
Atentado de Manchester, fotografia do ECO
Claro que ficamos revoltados, e com isso parece deixarmos satisfeitos os muçulmanos que nos invejam a prosperidade (sem pensarem que se deve a uma aposta de civilização que eles têm recusado). Claro que damos um valor excessivo à vida, muito maior do que eles (que põem em primeiro lugar uma ideia muito própria de honra).
Mas embora seja evidente que as civilizações mais avançadas acabam por sucumbir perante as atrasadas (veja-se a História), os atentados mais loucos do DAESH afastam o mundo muçulmano de qualquer vitória sobre a Europa. Provavelmente, vão ganhar eles e nós

Mundo muçulmano cada vez com menos saída, fotografia de br.blastingnews.com
quando lhes for impossível virem para cá sem se integrarem, e mantendo-se segregados nos seus costumes e ódios de estimação.
De resto, o terrorismo está a ser derrotado, como o foram outros ainda assim menos disparatados, ou intencionalmente mais dirigidos e menos abrangentes (ETA, IRA, BM, BV, etc.). Os seus ataques, como se vê, têm, cada vez menos capacidade logística, envolvem menos pessoas, são mais isolados. O que cada ataque atentado solitário nos diz é o desespero dos derrotados, cada vez com menos espaço de manobra,

Mulehres ocidentais também nem sempre lutaram pelos seus direitos, fotografia da BBC
cada vez com menos apoio na Europa e no terreno, e até no mundo muçulmano (veja-se o que disse o pai do terrorista, mesmo admitindo que mentisse bastante). Cada morte tem e deve ser chorada – como mostra de civilidade, e de nos distanciarmos de quem a inflige. Mas num momento em que um suicida, para matar umas crianças inocentes, se dispõe a morrer com a sua bomba artesanal na Europa que lhe deu acolhimento e liberdade, isso mostra até que ponto estão desfasados, mesmo do mundo muçulmano. Ainda bem que o DAESH se mostra plenamente, apoiando estas barbaridades. E ainda bem que o Ocidente as está a vencer e isolar, sem se desarmar.