Vinagrete 17.05.02 – As especialidades médicas

Médico, imagem de Bioética da Beira do leito

Leio nos jornais, como se fosse um escândalo, o facto de alguns médicos (podem ser muitos, mas ainda assim uma minoria da classe) não poderem fazer a especialidade em Portugal. Leio também nos jornais, como se fosse outro escândalo, que muitos médicos são ultrapassados por gente licenciada fora de Portugal (mas será isto mesmo escandaloso?).

Como também leio nos jornais que os médicos, ainda assim a única profissão com emprego garantido à saída da Faculdade, se recusam a ir para fora das grandes cidades, gostaria de ver aproveitar a formação da especialidade para os obrigar a esse incómodo (que outras profissões, como professores, magistrados, etc.) têm mesmo de sofrer. E com naturalidade. Mas admito que isso seja impossível, por a formação de especialidades dever estar concentrada em povoações maiores. Nesse caso, francamente, não vejo onde está o escândalo. Até nem veria escândalo se eles não tivessem emprego garantido onde querem, como sucede noutras profissões. A não ser que todas as profissões possam ser tratadas por igual, sem prejuízo da sociedade de que vivem e que tratam (ou deviam tratar e servir).

De resto, havendo tantas zonas do Paºis sem médicos, não entendo como as Universidades portuguesas abrem ainda tão poucas vagas para este curso.

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