Vinagrete 17.04.10 – Parquímetros tão escandalosos como taxas e taxinhas

O presidente da Câmara que detesta o diálogo e adora a Polícia, fotografia de turismopt.com

Fernando Medina nem perde tempo a tentar compreender a fúria dos cidadãos de Carnide, quando retiraram os parquímetros lá postos, e se prontificaram a entregá-los à Câmara. Ele nunca quer perceber nada. Acha que pode simplesmente esmifrar os lisboetas (e esperemos que fique só por aqui, pela cidade) até ao tutano. Com taxas, mais taxinhas (saneamento, protecção civil, resíduos urbanos, e mais coisas que infelizmente lhe ocorrem), já ajoujados pelo peso do IMI (maior em Lisboa) e sabe deus que mais. Mas ele está tão confiante, que nem pára um momento, a pensar a razão de uns cidadãos normalmente tão pacíficos como os de Carnide, terem este assomo de revolta. Que esperamos ver estendido a outros bairros da cidade. Dando razão aos que combatem estes abusos, e aos que suspiramos pela generalização da luta de Carnide, mas mais contundentemente ainda.

Taxas e taxinhas de Lisboa, segundo o CM

Segundo o CM, Lisboa cobra 178 taxas e taxinhas diferentes aos seus cidadãos.

E, no caso de Carnide, em vez do diálogo, Medina escolheu a polícia: a EMEL, empresa camarária que dificulta o parqueamento na cidade e manda passar multas aos automóveis estacionados assim-assim, chamou a Polícia em Carnide. E os cidadãos continuar\ão a ser ali explorados, como no resto da cidade dirigida por Medina.

Ainda por cima a EMEL, antes de existir, nem fazia a menor falta. Os cidadãos viviam muito melhor na cidade. A EMEL só serviu para criar mais uns esdrúxulos postos de administradores principescamente pagos, e passar a dar prejuízo, à custa do dinheiro dos lisboetas (já tão escasso) – numa área em que antes não havia prejuízo nenhum.

Fotografia do Sol

Entretanto, os reboques policiais, que antes da EMEL podiam ser chamados quando os carros estavam efectivamente a entupir o trânsito ou à frente de uma garagem, agora não aparecem nessas alturas, porque se dedicam a ter mais rendimento (sempre à custa dos cidadãos) rebocando carros que não incomodem ninguém, mas podem não estar a render mais dinheiro para a EMEL, e para os rebocadores.

Só gostava que aparecesse algum candidato à Câmara com respeito pelos lisboetas, e que nos tirasse da frente a carinha arrogante e indiferente ao sofrimento alheio de Medina. Estou convencido de que o presidente da Junta de Freguesia de Carnide, o comunista Fábio de Sousa, no caso de se candidatar à Câmara de Lisboa, ganharia.

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