
Lisboa, fotografia de idealista.pt
Já aqui disse como fiquei espantado com a conta da água, e reparei que mais de metade dela se referia a taxas autárquicas inadmissíveis: saneamento, resíduos humanos, adicional, mais um etc. Fora outras taxas independentes, como a enormíssima e relativamente recente da Protecção Civil (no lugar da do antigo Saneamento, ambas agora aumenadíssimas), ou impostos que vão para a autarquia, como o IMI.
Agora reparo que a anedótica candidatura do PSD à Câmara, que se arrisca não só a perder mas a ser humilhada pelo CDS, resolve entrar pelo populismo demagógico anti-taxas, sem dar reais garantias. E pede o aumento da taxa de turismo de 1 para 1,5%, em vez da injusta, enorme, e

Taxas e impostos, YouTube
recente taxa da protecção civil. A candidata do CDS também se prontifica a baixar o IMI, que a Câmara, com total indiferença pelos seus cidadãos, mantém no ponto mais alto (ao contrário de muitas outras autarquias, um nadinha menos gananciosas e mais respeitosas dos cidadãos).
Pergunto-me: como é que o PSD, depois de ter feito uma campanha tão acesa contra a taxa turística, se propõe agora aumentá-la. Eu, que não fiz campanha nenhuma contra ela, até acharia bem aumentá-la, já que atinge só pessoas de fora e de forma menos radical, e trocá-la por outra das que mais injustamente sacrificam os cidadãos da cidade. Mas que garantias me dá o ziguezague taxista do PSD? Ou o silêncio comprometedor do CDS? Ou o abuso descarado do PS? Se alguém se prontificar a acabar concretamente com as taxas abusivas, dando garantias de demissão no caso de não o fazer num prazo determinado (1 dia, 1 semana, 1 mês, seja ele qual for), terá certamente o meu voto e o de muitos outros cidadãos da autarquia.