Confusão nos Óscares, fotografia de insider.pro

Devo dizer que tive pena da confusão dos Óscares, sobretudo a da atribuição do Óscar de filme – porque esse foi o tema naturalmente destacado por toda a imprensa mundial no dia seguinte, em vez das fortes posições contra Trump que me perece sempre importante ouvir.

Também achei estranho um filme como Moonlight ganhar – embora eu tivesse gostado muito dele. Simplesmente, parecia-me arredado do mainstream próprio destes prémios. Já estava

Moonlight nos Óscares, fotografia do Sapo

convencido com o La La Land (em que Ryan Gosling me pareceu ter um desempenho bastante melhor do que a Emma Stone; mas, azar dele, tinha concorrentes mais difíceis). Depois percebi que, como afirmou João Braga, salientando o Moonlight 2 minorias que a correcção política manda apoiar muito (os negros e os homossexuais), se tornava muito mais compreensível a distinção.

Nem compreendo porque é que João Braga não haverá de exprimir as suas opiniões, com a mesma linguagem

Silence

desbragada dos que o atacam tanto. Ele terá preferido o Silence. Que na realidade também não era mau filme (na minha escassa oponião). E ficou incomodado com as correcções políticas dos tempos e da Academia, que lhe apeteceu denunciar. Não lhe querem dar esse direito. Eu dou-lho, e até acho que ele tem razão na substância, embora eu (jornalista de profissão) seja adepto de outra linguagem. Mas isso também vale para os que o atacam.