Trump bipolar, fotografia da Veja

A revista britânica de temas internacionais The Economist foi mais um dos grandes jornais a criticar asperamente a estratégia de Donald Trump, para formatar a aproximação a Vladimir Putin. Suponho que é ali que se qualifica essa acção de ‘bipolar’. E nem está mal classificado, pelo que se vê. Este dirigente, tão ao gosto de certos eleitorados (como Duterte, Orbán, Purtin, etc.), parece ser consensualmente considerado mais incapaz intelectualmente do que os seus pares, que imaginamos a ‘comerem-lhe as papas nas barbas’. Putin, então, deve comer imensos Trumps ao pequeno almoço.

Imagem de somosvoz.com

Portanto, já o tínhamos ignorante, autoritário (embora pensássemos que não chegaria a enfrentar os tribunais e o Poder Judicial do seu País como está a fazer, ainda por cima através de uma ferramenta como o Twetter), e com psiquiatras a estudarem-lhe o narcisismo claro. Agora acrescentamos-lhe este defeito inquietante: é bipolar. Será que o sistema americano está preparado para não deixar nas mãos de um ‘acidente’ destes as chaves das bombas atómicas?

Entretanto, o mundo já percebeu que agoira pode gozar à vontade com os EUA, e a Coreia do Norte parou com as cerimónias.

Com Trudeau, fotografia de theotherpress.ca

De qualquer maneira, reparei, com preocupação, que embora os apoiantes em Portugal de Trump sejam uma minoria (segundo uma sondagem do Expresso, andam pelos 11,8%), são ainda assim muito mais do que eu esperaria de um povo que me parecia relativamente sensato. Mas claro: em democracia, não podemos exigir 100% de sensatez a povo nenhum.

Mesmo que ontem, com Trudeau, parecesse mais normal, não o era: veja-se a confiança com que ele pretendia dar lições a quem, embora melhor preparado, não lhas deu.