Não foi só Fernando Ulrich que deixou a presidência Executiva do BPI, passando-a a um espanhol (Pablo Forero), para ir ocupar o lugar de Artur Santos Silva como chairman. Depois dos resultados ontem conhecidos da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank, ficámos a saber que o BPI ficou espanhol, com o dito CaixaBank a controlar-lhe 84,5% do capital. Mantém-se, como sócio minoritário significativo, a seguradora multinacional alemã Allianz (8,43%).

Fotografia da RR

No entanto, a Euronext Lisbon decidiu que o BPI deixará de negociar na praça lisboeta a 10 de Fevereiro (já amanhã), porque depois da OPA a liquidez daquela cotada em bolsa vai ser diminuta, já que o “free float” ficará reduzido a cerca de 7%, As acções do banco, entretanto, encerraram ontem em mínimos de Setembro de 2016.

Portanto, quem prefere Bancos Portugueses (suponho que apesar de tudo um nadinha mais sólidos do que os espanhóis), vai ter de trocar de casa. O problema é que não sei se haverá ainda algum Banco realmente português (parece que não temos capital nacional suficiente disposto a arriscar por agora neste negócio), para além da CGD. Os estrangeiros que têm pontificado na nossa desgraça financeira ou são espanhóis, ou angolanos, ou chineses. Tudo gente fina, como se tem visto.