
MM na SIC, YouTube
Marques Mendes, na SIC Notícias, foi apenas mais uma pessoa destacada do PSD contra a direcção de Passos Coelho, a propósito do anunciado chumbo à TSU. Outros que já falaram à vontade, e contra o líder: talvez Pedro Roque, cabeça dos Trabalhadores Sociais-Democratas, pela sua condição, seja o mais destacado. Mas houve mais: Manuela Ferreira Leite, Paulo Rangel, Silva Peneda. Ah, sim, este último, ex-presidente do Conselho Económico e Social, antigo ministro de Cavaco, também é de ter em especial conta. Deixemos Rangel e Marco António Costa, que se ficam por atitudes mais dúbias.

CES, logotipo
E Passos? Achará mesmo que o estar contra tudo e todos é que rende, ou pensa ser melhor andar para a frente às cegas perante as suas más perspectivas?
Sabem que o Governo de Passos (o tal PSD-CDS, de que Assunção Cristas também fez parte) diminuiu igualmente a TSU (cada vez menos única) ainda em 2014, também para aumentar o SMN?

Reunião do CES, fotografia da TVI24
Mas enfim, até acho graça a quem diz que nunca se afirmou coerente. O problema é que Passos precedeu Trump na pós-verdade. Já não é só falta de coerência. São as aldrabices do que promete na oposição, e do que faz no Governo. Repetem-se-lhe atitudes dos tempos em que se opôs a Sócrates, sem ter em conta o preço da credibilidade. De tal maneira, que se espanta por quem não se porta da mesma forma. Talvez o último resultado eleitoral o alente nesta atitude.
Entretanto, seja qual for a posição final de

Silova Peneda, ex-presidente do CES e ex-ministro de Cavaco, fotografia da TVI24
Passos Coelho nesta matéria, uma coisa ficou clara: no PSD ninguém lhe liga muito, e cada um diz o que pensa. A falta de autoridade de Passos está a ter a contrapartida de um partido mais democrático.
Quanto à TSU em si, nem digo a minha posição. E nem sei se devo considerar assim tão sagradas as deliberações em concertação social. Claro que se supõe o PSD considerá-las sagradas – eu é que não (e Passos parece não perceber nada na sua sanha de que tudo vale em política). Entretanto, o Conselho de Ministros andou para a frente, e o Presidente Marcelo também, ignorando-o. A esquerda da geringonça. Essa, por enquanto rejubila com ele – e deve considera-lo ideal na Oposição.