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O presidente da FIFA, Gianni Infantino, deu uma entrevista ao alemão Der Spiegel, em que disse coisas como estas: «A FIFA não é a polícia do mundo…»; «É ingénuo pensar que a FIFA, desde Zurique, pode saber o que se passa no mundo inteiro das transferências»; «a FIFA não é responsável por alguém fugir aos impostos ou por conduzir alcoolizado ou em excesso de velocidade»; «Se pudermos fazer algo para proporcionar maior transparência nas transações financeiras no mundo do futebol, então devemos fazê-lo».

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Podemos pensar nestas declarações relacionadas (como parece terem sido) com as denúncias da plataforma digital Football Leaks sobre fraudes fiscais massivas de futebolistas de renome mundial. E concluirmos que, se são verdade as queixas do director do espanhol El Mundo (o único jornal do país vizinho a tratar do assunto, perante a indiferença de todos os outros, e a hostilidade declarada dos cidadãos-contribuintes). Parece que os

Os que mais evitam os impostos, fotografia de outraspalavras.net
contribuintes não entendem que os impostos lhes pertencem, e saem dos seus bolsos. Que devem zangar-se de facto com todos os Trumps e futebolistas hipermilionários que fogem aos impostos, porque estão a meter as mãos nos seus bolsos de contribuintes não fugitivos.
Mesmo assim, ainda é gente como o presidente da FIFA que fala mais compreensivelmente destes temas. A loucura do futebol parece deixar os contribuintes tão enlouquecidos, que não entendem sair o Estado e o Fisco dos seus bolsos.