Vinagrete 16.11.25 – Berardo continua no CCB, ainda mais esgotado por ele

Fotografia do Público

Fotografia do Público

Nunca fui um entusiasta da ocupação quase total do espaço expositivo do CCB por Berardo. Penso que ele devia levar a sua colecção privada (e como é que ainda é sua, se dizem que ele deve tanto aos contribuintes portugueses?) para um espaço não público. E julgo que o presidente do CCB no momento em que foi feito o acordo com Berardo, Mega Ferreira (por quem nutro grande consideração, mais do que pelo actual) também o pensava. Ou pelo menos deixou isso bem explícito na altura. Diga lá agora o que disser Elísio Summavielle.

Mas asseguram-nos ter havido um acordo entre Berardo e o Governo das esquerdas, que permite ao especulador madeirense continuar a ocupar por mais uns longos anos o CCB. Gostava de perceber

Fotografia do Museu Berardo

Fotografia do Museu Berardo

uma coisa: ele deve mesmo tanto dinheiro aos Bancos, incluindo a pública CGD, como dizem? E está tão incapaz de satisfazer as dívidas como dizem? Deixou mesmo de as pagar? É porque se isto é verdade, penso que a sua colecção de quadros devia ser rapidamente nacionalizada, ou executado pelos credores (não esquecer os contribuintes, que andam a entrar com fortunas para a Banca, por causa dos maus pagadores) para satisfazer essas dívidas do especulador. Porque se a colecção de arte fosse pública, compreendia-se que estivesse alojada num espaço público. Mas sendo privada, e de um especulador mau pagador (como se supõe que sejam a maioria), que motivos haverá para se lhe dar de bandeja essa forma de fazer negócio, com um espaço público assim cruelmente retirado aos cidadãos?

Fotografia de idealista.pt

Fotografia de idealista.pt

Já se viu que o Governo pretende manter secreta (por vergonha, supõe-se) parte do acordo com Berardo sobre o CCB. Mas ficamos a saber que continua a despejar para lá uma imensidade de dinheiro dos contribuintes, não só com a obrigação de dar um contributo específico e estratosférico anual, mas também com o pagamento que já vinha fazendo de despesas correntes (como água, luz e conservação), que vão muito para além de 1 milhão de euros anual. Também ficamos a saber agora, fora da parte secreta, que Berardo vai ocupar ainda mais espaço no CCB. O homem tornou-se um parasita da sociedade, limitando-se a aproveitar para isso a facilidade com que os nossos Governos dispõem do dinheiro dos contribuintes, para o entregar nas mãos de algumas pessoas (Berardos e banqueiros).

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