Vinagrete 16.11.22 – O desemprego e os novos negócios

Fotografia de saldopoitivo.cgd.pt

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«Ou a Uber é um indicador de algo que se vai generalizar, ou não passa de uma curiosidade. Se se generaliza, teremos de repensar muitas das instituições que regulam as relações laborais», disse Guy Ryder,diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho em entrevista ao El País.

E de facto tem toda a razão. Vejam agora esta, que tirei do Expresso Curto, que por sua vez a bebeu na ediçãoo portuguesa do

Fotografia de uniarea.com

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Monde Diplomatique: «enquanto, em 2008, 1 milhão e 895 mil trabalhadores eram abrangidos pela atualização das convenções coletivas, a partir de 2012 esse número reduz-se para mínimos históricos, ao ponto de em 2014 apenas 250 mil estarem abrangidos».

Mas há mais lenha para a fogueira. Alguns dos melhores negócios actuais, como o Rock in Rio (exportado já para imensos países) e o Web Summit, apesar das muitas ajudas oficiais com que ainda por cima contam (por isso, alguns Estados não os querem, porque não pagam por eles), contratam ‘voluntários’ (gratuitos, que se esfarrapam para serem selecionados), em vez de trabalhadores. Não seria de pensar rapidamente

Fotografia de radioregional.pt

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em os fazer pagar um fee bem caro por cada voluntário, de modo a tornar-lhes mais caro o não darem empregos, apesar do muito que ganham?

Enfim, o mundo está definitivamente a ir por maus caminhos, entreghe a estes ‘trampas’ espertalhocos (lá diz o anexim, ‘ o teu filho que seja o inteligente, e o meu o esperto’).

Mas valerá a pena falar nisto hoje, quando a trumpeconomics parece ter dado por uns tempos o golpe de graça nas empresas da nova economia digital, e são só as antigas, as mais tradicionais, que agora se valorizam nas Bolsas.

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