
Fotografia de maisminas.net
Os jornais acabam d e nos informar que, com Trump, entrámos na era pós-verdade. Já imagino certos portugueses, incluindo Passos, com a ideia de que a política equivale a aldrabar, radiantes com a constatação. Porque de repente vemos que as aldrabices prometidas em campanha e revertidas logo a seguir (provavelmente Trumpo não reverterá muito, limitou-se a mwentir mentiras que qualquer pessoa consideraria descaradas – como aquela de ser o México a pagar o muro que ele quer construir para impedir a entrada de mexicanos nos EUA, como fez a família dele vinda das maiores pobrezas de então) dão grande resultado. Os eleitores até parecem gostar de ser aldrabados.
Vejamos como o dicionário de Oxford define pós-verdade, que considera a palavra do ano de 2016: «adjectivo que se aplica a circunstâncias em que os factos objectivos são menos importantes na formação da opinião pública do que os apelos do foro emocional».
Pois é: Trump teve o mérito de pôr de moda um conceito bem desagradável, que eu preferia ver afastado da política – mas que me arrisco a ver espalhado por toda a Europa, onde os populismos de esquerda (PODEMOS) e de direita (Brexit e outras extremas-direitas agora de moda) parecem estar a crescer.