Vinagrete 16.11.14 – Romance da CGD não há meio de acabar

A. Domingues, que transita do BPI para a CGD, foto da SIC Not ícias

A. Domingues, que transita do BPI para a CGD, foto da SIC Not
ícias

Ficava feliz por ver acabar de vez o romance da CGD. Sou dos que ficaram decepcionados e desiludidos com a Banca toda pública depois do 25 de Abril, ao constatar como funcionava mal (e quase sempre a golpe de corrupção). Mas ainda assim acho importante haver um Banco público, em que se evitem os desmandos do tempo de Sócrates (a propósito, os que receberam empréstimos estranhos, por motivos políticos, já foram forçados a pagá-los?).

Agora este silêncio tão sonoro da nova administração e do TC, sem saídas nem resoluções, enquanto prossegue a berraria nos jornais, parece-me insuportável. Marcelo bem os empurra e pressiona. Mas o tal Domingues finge que não é com ele. Vá lá que parece ter marcado agora uma reunião para 5ª-feira, destinada ao debate do assunto (ainda debate,

Fotografia de ptjornal.com

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imagine-se!) pela administração. E Costa assobia para o lado, dizendo que os tribunais são independentes – como se não fosse o seu Governo a fazer o convite e a Lei polémica. Também é insuportável obrigarem-se os contribuintes a entrarem com milhares de milhões de euros para a CGD (situação tão louvada pelos poderes constituídos), e os seus administradores nem sequer serem obrigados a prestarem-lhes contas… O que vale é a estupidez destes, não ter previsto que a sua insistência no segredo era a razão da insistência geral em furar o segredo. E isto relembrando que outros dirigentes da CGD passaram incólumes à curiosidade geral, só porque não a espevitaram. Já agora, também quero saber quanto do nosso dinheiro, dos contribuintes, com que foi capitalizada a CGD, vai parar aos bolsos dos administradores.

De resto, só fazer minhas as palavras de Marques Mendes, o homem que despoletou a questão: ‘ou apresentem as declarações, ou desamparem a loja’.

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