
Fotografia do mundolusiada.com.br
A Cimeira da CPLP no Brasil esteve malzote, e quem sobressaiu naturalmente foi Obiang, da Guiné Equatorial. Ele é tão desastradamente mau, que fez o novo Poder (aparentemente muito corrupto) brasileiro, chefiado por Temer, parecer bonzinho. E os representantes portugueses nem conseguiram sair-se bem. Eram tudo mesuras com Temer, apesar de Marcelo ter marcado pontos ao não receber ostensivamente Obiang.

Fotografia da RR
Parece que para os portugueses, o desafio era falarem muito, instados pelos meios de comunicação, mas sem dizerem nada. Temos de reconhecer que nisso, de falar muito sem dizer nada, o maior foi o nosso António Guterres, que talvez faça assim sucesso na ONU.

Fotografia de jornal8.net
Isso recorda-me Melo Antunes, quando chegou a Portugal a seguir ao 11 de Março, e apanhado no Aeroporto, depois de pedir a uma equipa sua um documento sobre um desenvolvimento económico relativamente liberal, foi posto perante o facto consumado da gonçalvização nacional. E aí desatou a falar, a falar, e falar, sem dizer nada.
Outro especialista no assunto, de falar muito sem dizer nada de concreto, e aparentemente com sucesso, foi o espanhol Luís Solana. Desse modo conseguiu saltar de Madrid para Bruxelas, como 1º principal responsável pela política externa da UE. E fez o seu sucesso. Até se falava, mediocremente, em haver finalmente um úmero de telefone da UE, para onde falar. Falar, falar, falar, podendo não se dizer nada de concreto. É um género.