
Schauble, fotografia do Dinheiro Vivo
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, voltou esta semana a criticar o Governo português de António Costa, por oposição ao que é mais perto de si ideologicamente, o de Passos Coelho. Não foi a primeira vez que o fez.
Esta quarta-feira passada, afirmou que «Portugal vinha tendo muito sucesso até [à chegada] de um novo Governo». Costa reagiu bem, reduzindo o outro à sua insignificância, declarando a sua falta de ‘tino’, e
afirmando dar «sobretudo atenção aos alemães que conhecem Portugal e, por isso, sabem do que falam». Parece que até o eurodeputado do PSD Paulo Rangel vai levar a polémica ao Parlamento Europeu, contra o desvario do alemão.
Mas não é a primeira vez que Schauble aproveita para lacrimejar contra a mudança de Governo em Portugal. Segundo uma recolha da

A. Costa respondeu-lhe à letra, fotografia do jornalacores9.net
insuspeita RR, ele já tinha feito declarações do género em Bucareste, na Roménia, a 26 de Outubro de 2016; e também mais do que uma vez em Bruxelas, a seguir a reuniões do Eurogrupo (11 e 12 de Fevereiro últimos);
em Berlim, a 29 de Junho; e outra vez em Bruxelas, 12 de Julho.
Os mercados, ao ignorarem-no, mostram bem o que ele não vale: nada. Mas, enquanto Merkel quiser e puder, lá anda a arejar-se e a falar como ministro das Finanças alemão, cada vez menos poderoso. Nem os seus se sentem já confortáveis por eles o querer assim defender contra melhores, e menos ignorantes que ele.