
João Bilhim a tomar posse, fotografia do Diário Digital
Para quem não sabe, a Cresap, presidida por um suposto socialista, João Bilhim, indicado por Passos Coelho nos tempos anteriores, tinha como tarefa dar parecer sobre os candidatos a cargos de nomeação política, para evitar os boys partidários. Nunca os evitou, porque da lista de 3 que aceitava para cada caso, havia sempre um boy, que acabava nomeado. A seu favor, Bilhim pretendia que os boys continuaram a existir, mas mais competentes. Será mesmo? De resto, é definitivo que não conseguiu, nem aparentemente o quis de verdade, o principal objectivo que anunciara: despartidarizar o sector público.
Enfim, Bilhim, ao chegar à idade de reforma, anunciou a intenção

Margarida Proença, a sucessora, fotografia do Jornal de Negócios
de se reformar, esperando que o Governo o mantivesse em funções acumuladas. Mas o Executivo decidiu não o manter. As notícias foram filtradas para os jornais (por ele?), como um caso gravíssimo. Não me parece. Tanto mais que a Cresap vai continuar a funcionar para já, embora sem o Bilhim (parece que presidida por uma Margarida Proença, apontada por ele como sua 1ª vice) – mas com todos os outros que lá estão. E os boys podem portanto ficar descansados, porque nada os impede de continuarem ser nomeados, mesmo sem Bilhim.