
Conselho Europeu de Bratislava, fotografia de swissinfo.ch
Ainda bem que Renzi, de Itália, se distanciou das conclusões da Cimeira de Bratislava. Será a única novidade de monta, esta discordância de peso (já que Itália, pelo tamanho, é considerado um membro ‘pesado’ da UE). De resto, foi mais do mesmo. Ou seja: nada.
Diverti-me hoje a ler uma crónica de um senhor do Financial Times, que o DN traduz e publica com regularidade semanal: Wolfgang Munchau. Começa logo por o nome não ter nenhuma ressonância britânica. Mais alemã, e devo dizer que em cima do primeiro ‘u’ do apelido tem um trema, que não vejo no meu computador (mas ele é tão critico com a Alemanha…) ou do Leste (de quem ele é igualmente crítico, sobretudo se falarmos nos países do Leste da UE).
De qualquer modo, ele constata, com razão, que depois do longo período em que estes líderes europeus andaram ‘desorientados’ e ‘desconcertados’ com a crise financeira (afundando ainda mais a UE em particular, e quase todo o mundo em geral), iniciam agora o

Desconcertados em Bratislava, fotografia de comunidadecultura.com
mesmo ‘desconcertp’ e ‘desorientação’ com a política de segurança. Simplesmente, não têm ou não sabem de um alternativa aos muros de betão de Trump e da extrema direita mais populista e eleitoralmente pujante, ficando a tentar nadar por aqui.
Mas Munchau também diz outra comprovada obviedade sobre estes líderes europeus, em que Merkel surge à cabeça: não será numa cimeira normal, ou mesmo numa extraordinária marcada normalmente, que eles chegarão a alguma conclusão útil. Será só em clima de desespero, numa reunião inesperada, ao fim-de-semana, e já depois da meia-noite, quando todos estiverem a cabecear de sono e fartos de se verem uns aos outros sem decidirem nada de útil.
De resto, ele é contra mais integração, como o foi no debate do Brexit (que apoiou). Mas isso já é uma posição pessoal. No resto é que não há dúvidas. Porque mesmo para essa maior integração, agora com os eleitorados a berrarem (veja-se o que aconteceu em Berlim, nas eleições regionais), tudo será mais difícil ainda.