Vinagrete 16.09.19 – Bratislava foi mais do mesmo

Conselho Europeu de Bratislava, fotografia de swissinfo.ch

Conselho Europeu de Bratislava, fotografia de swissinfo.ch

Ainda bem que Renzi, de Itália, se distanciou das conclusões da Cimeira de Bratislava. Será a única novidade de monta, esta discordância de peso (já que Itália, pelo tamanho, é considerado um membro ‘pesado’ da UE). De resto, foi mais do mesmo. Ou seja: nada.

Diverti-me hoje a ler uma crónica de um senhor do Financial Times, que o DN traduz e publica com regularidade semanal: Wolfgang Munchau. Começa logo por o nome não ter nenhuma ressonância britânica. Mais alemã, e devo dizer que em cima do primeiro ‘u’ do apelido tem um trema, que não vejo no meu computador (mas ele é tão critico com a Alemanha…) ou do Leste (de quem ele é igualmente crítico, sobretudo se falarmos nos países do Leste da UE).

De qualquer modo, ele constata, com razão, que depois do longo período em que estes líderes europeus andaram ‘desorientados’ e ‘desconcertados’ com a crise financeira (afundando ainda mais a UE em particular, e quase todo o mundo em geral), iniciam agora o

Desconcertados em Bratislava, fotografia de comunidadecultura.com

Desconcertados em Bratislava, fotografia de comunidadecultura.com

mesmo ‘desconcertp’ e ‘desorientação’ com a política de segurança. Simplesmente, não têm ou não sabem de um alternativa aos muros de betão de Trump e da extrema direita mais populista e eleitoralmente pujante, ficando a tentar nadar por aqui.

Mas Munchau também diz outra comprovada obviedade sobre estes líderes europeus, em que Merkel surge à cabeça: não será numa cimeira normal, ou mesmo numa extraordinária marcada normalmente, que eles chegarão a alguma conclusão útil. Será só em clima de desespero, numa reunião inesperada, ao fim-de-semana, e já depois da meia-noite, quando todos estiverem a cabecear de sono e fartos de se verem uns aos outros sem decidirem nada de útil.

De resto, ele é contra mais integração, como o foi no debate do Brexit (que apoiou). Mas isso já é uma posição pessoal. No resto é que não há dúvidas. Porque mesmo para essa maior integração, agora com os eleitorados a berrarem (veja-se o que aconteceu em Berlim, nas eleições regionais), tudo será mais difícil ainda.

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