Vinagrete 16.09.16

Chamam ‘pató’ a Carlos Alexandre, para o salvarem

 

Carlos Alexandre, fotografia do Expresso

Carlos Alexandre, fotografia do Expresso

É engraçado ver juízes manifestarem a sua convicção (cuidado com as convicções dos juízes) de que Carlos Alexandre, na entrevista à SIC (e provavelmente na que deu também ao Expresso), quando se refere a não ter amigos que lhe emprestem grandes somas de dinheiro, não estar a pensar em Sócrates, em quem pensa todo o resto do tempo, e a quem acusa disso mesmo (de ter amigos que lhe emprestam imenso dinheiro).

Claro que esta é uma forma de dizer que Carlos Alexandre é mais ‘pató’ do que incorrecto. E claro também que, até agora, só vi juízes sindicalistas fazerem esta arrevesada interpretação.

J. Sócrates, fotografia da RTP

J. Sócrates, fotografia da RTP

Mas talvez seja melhor deitar uma bóia de salvação qualquer a este Carlos Alexandre ‘pató’ (de qualquer maneira é-o, pensasse no que pensasse quando disse o que não devia), do que deixar morrer um processo em que dificilmente Sócrates estará limpo. Porque, como teria dito Ricardo Costa no Expresso, «Não tenho qualquer dúvida de que o ex-primeiro-ministro vai ser acusado de fraude fiscal e de branqueamento (ele quer dizer, na sua boia intenção, ‘lavagem’) de capitais e que, com alta probabilidade, será condenado por isso. O problema da investigação não está aí, está na acusação por corrupção, muito mais difícil de fazer e de construir».

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