Vinagrete 16.08.17

Ban Ki-moon atrasou-se a querer uma mulher

Ban Ki-moon com António Guterres

Fotografia do The Indenpendent

Fotografia do The Indenpendent

Ban Ki-moon manifestou vontade de ter uma mulher a sucedê-lo como secretário-geral da ONU, em declarações ao diário inglês Guardian: «Já é tempo».

E assim ficámos a saber que não é António Guterres o seu candidato preferido.

Já sei que corro o risco de ser visto neste caso como parte interessada, porque Guterres é português, e sou um admirador das suas posições – embora não fosse um indefectível do Governo que chefiou, sobretudo quando procurava o apoio popular antes de decidir.

Susana Malcorre, mne argentina, a candidata-mulher mais bem colocada, fotografia de lanacion.com.ar

Susana Malcorre, mne argentina, a candidata-mulher mais bem colocada, fotografia de lanacion.com.ar

Mas penso que sendo esta a primeira vez que a escolha do secretário-geral da ONU se faz com alguma transparência, o lugar devia er ocupado pelo que se revele melhor preparado, e não por quem tenha um certificado de sexo ou género.

De resto, concretamente Ban Ki-moon, devia ter expresso a sua opinião quando foi eleito, e até ter dado o lugar a uma mulher. Sempre o achei mauzote para o cargo. E faltava-lhe a fibra suficiente para não se ter escondido debaixo de mesa quando, no meio de

Conselho de segurança da ONU, onde se decidirá, fotografia do Globo

Conselho de segurança da ONU, onde se decidirá, fotografia do Globo

uma conferencia de imprensa, ouviu barulhos que lhe soaram a tiros.

Há 11 candidatos ao cargo, seis homens e cinco mulheres. Felizmente, a decisão final não é de Ban-Ki-Moon, mas dos 15 membros do Conselho de Segurança. E se o melhor ataque que há contra Guterres é afirmar-se a existência de inexistentes preconceitos sexistas, sobretudo por parte das mulheres-candidatas que usam mais do que ninguém o argumento sexista – vou ali e já venho, como se costuma dizer.

Deixe um comentário