A guerra do Iraque volta ao Parlamento

Imagem da TVI24

Fotografia da Sábado
Valerá mesmo a pena levar a Guerra do Iraque outra vez ao Parlamento? Alguém acredita que a maioria dos chamados fala verdade? Alguém tem ideia de Barroso ou Martins da Cruz não acharem a mentira uma excelente arma política, ou não se prontificarem a dizer qualquer coisa que julguem alguém querer ouvir?
Não bastará ler as posições que tomaram na altura? Viu-se que o Governo apoiou então a Guerra, e que Sampaio tudo fez para dela se distanciar – chegando a impedir o envio de militares portugueses para lá (substituídos então por GNRs).
De resto, já na altura, com o assunto debatido ad nauseam, se percebeu não haver motivos para Guerra (os inspectores no terreno, no fundo muito ao serviço dos EUA, eram os primeiros a

Guerra do Iraque, fotografia do Globo
afirmá-lo). Percebeu-se logo que Bush era um irresponsável, que caira na casa Branca por infelizes acasos (ou trapalhadas), e embora receando-se o pior dessa Guerra, nem se imaginou o tão grande mal que acabou por causar (Irão em principal potência regional, terroristas com terreno e poder como nunca tiveram, movimentos supostamente democráticos esmagados com a complacência do Ocidentes, terrorismo islâmico dentro de numerosos países ocidentais, Médio Oriente todo de pantanas, etc.). E se Bush foi irresponsável (como parece ter reconhecido, muito liucidamente, o ex-Presidente americano seu pai), os outros que o seguiram (como Barroso, Aznar e Blair) ou foram também apenas irresponsáveis, ou ainda pior (e neste caso abstenho-me de fazer declarações públicas sobre um tema que apesta). O que parece é estarem todos bem de massas agora, melhor até do que na altura.