Vinagrete 16.07.13

Sempre temos sanções, mas incentivadoras

Fotografia de funchalnoticias.net

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Fotografia de corta-fitas.blogs.sapo.pt

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A Europa dos números não se deixou convencer pelos argumentos portugueses. O Conselho de ministros das Finanças da União (Ecofin) recomendou à Comissão Europeia que dê início ao processo de sanções. A “decisão é injustificada”, diz o Primeiro-ministro, e isso foi o mínimo que ele disse (para além de alusões bem directas a responsáveis como barroso e o anterior Executivo). Parecem estar por cá todos de acordo nesta injustificação: os do anterior Governo, porque são directamente responsáveis (e andaram a sacrificar a população sem pejos e sem meias medidas) para nada; os do actual, porque vêem o seu caminho complicado. E a UE parece preferir assim inviabilizar o cumprimento das metas económicas europeias por Portugal e Espanha, só para serem ainda mais ideologicamente liberais.

Mas não vai haver Plano B, nem medidas adicionais, repetem o ministro das Finanças e o primeiro-ministro: a chave pode estar no

Fotografia do Expresso

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Orçamento para 2017. Espanha, essa, já entregou o seu plano a Bruxelas: 6000 milhões em impostos sobre as empresas.

Wolfgang Schauble (o mesmo que há três semanas dizia que Portugal iria precisar de um outro resgate), na sua visão sempre curta, teve a tirada mais hilariante (se a gravidade da situação nos permitisse rir), ao sustentar que «as sanções não servem para castigar, mas para incentivar». Se ele tratasse assim os alemães, claro que já não era ministro. Mas limita-se a puxar-lhes o populismo, talvez para ver se sobrevive melhor perante a extrema-direita do seu País.

 

Fotografia da Wikipedia

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Entretanto, estou em crer, como a sua nova primeira-ministra vinda das hostes europeístas de Cameron, que a Inglaterra acabará por se sair bem do seu Brexit. As Bolsas já se puseram a recuperar. E a descida da libra, que andava por valores estratosféricos, só poderá beneficiar a Economia. Ainda havemos de ver o Bloco de Esquerda ganhar por cá o seu referendo, se a UE nos continuar a impor medidas asfixiantes.

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