Vinagrete 16.07.08

A Justiça americana por cima da política

Fotografia do Globo

Fotografia do Globo

Director do FBI no Congresso dos EUA, fotografia da RR

Director do FBI no Congresso dos EUA, fotografia da RR

Já vimos a péssima ideia que tenho da Justiça portuguesa. Outras há, um nadinha melhores, que não deixam de ser éssimas também. Vejamos os EUA: lembram-se daquele juiz republicano que quis desfazer o Presidente Clinton por causa de umas brejeirices dele com a tal Mónica Lewinsky – caso que na Europa não teria a mínima importância? Pois parece que agora deu em democrata, e até está muito arrependido das patifarias que fez ao ex-Presidente Clinton.

Entretanto, a actual candidata Hillary Clinton, tem sido mantida em lume brando pelos republicanos, que ainda assim, na maioria dos casos, parecem preferir ‘trumpices’. Primeiro houve uma insinuação pública e insistente contra ela, por causa ainda do marido e do assunto Lewinsky (miúda que teve a sorte de curtir com quem queria na altura, guardar ciosamente provas disso, e agora viver da fama adquirida).

Pois ontem, o director do FBI foi ao Congresso dos EUA falar de uma investigação do seu departamento sobre o uso de um e-mail

Fotografia de mestredomarketing.com

Fotografia de mestredomarketing.com

pessoa de Hillary Clinton, quando foi secretária de Estado. Esse uso não está proibido, tudo andou dentro da legalidade, mas parece haver uma porta de crítica pública para lhe retirar votos.

A ida do chefe do FBI ao Congresso seria transmitida ao vivo e em directo por televisões e jornais, ou não fosse o tema candente (e os jornais ansiosos para ecoarem qualquer cadência, mesmo disparatada). Resultado local: uma estranha dança de palavras entre o diretor do FBI, James Comey, e o congressista republicano Jason Chaffetz, com o segundo a querer dançar uma música que rimava com “Hillary cometeu um crime?” e o primeiro a fingir que não apanhava o ritmo. Resultado público: não há nada de concreto, mas alguma coisa ficará no ouvido e no olho de muita gente, pelo menos através de TVs e restante imprensa.

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