Os conservadores do Brexit avançam

Fotografia de galaxyfm.co.ug
Finalmente, os mais previsíveis candidatos conservadores do Brexit inglês avançam para a liderança do Partido, Theresa May e Michael Grove (por muitos apelidado de traidor de Boris Johnson, o mais activo dos pró-Brexit, talvez a par de Farage e do UKIP), deixando para trás o mais ambicioso e apalhaçado Boris Johnson, mais o seu penteado de moda à Trump.
Thehera May era ministra do Interior de Cameron, mas embora se soubesse da sua simpatia pelo Leave (Brexit), manteve sempre uma postura distante e low profile, que lhe deu credibilidade, e evita ser qualificada de ‘traidora’ como o seu ambicioso colega Grove.
Michael Gove foi ministro da Educação e da Justiça, e um dos arquitetos da campanha do VoteLeave, Sempre disse que não queria ser primeiro-ministro, mas os factos é que contam, e a ambição parece desmedida, e difícil de concretizar.
Para estes repentinos avanços não contará apenas o receio de apalhaçar o Partido Conservador com o ex-presidente da Câmara de Londres, Boris Johnson, mas as notícias que indicam ser a catástrofe do Brexit um nadinha menos dramática para a própria Inglaterra do que previam as ameaças tonitruantes dos seus opositores, e talvez um tanto pior para Bruxelas. Apesar de muitos ingleses pretenderem ainda voltar atrás (e nada se sabe a este respeito, e outros, quanto ao futuro).
De resto, o inqualificável Boris Johnson já anunciou que não é candidato à sucessão de David Cameron.

Fotografia do Telegraph
Entretanto, como candidatos, além de Gove e Theresa May, surgiram os nomes do ministro do Trabalho e Pensões, Stephen Crabb, do antigo ministro da Defesa Liam Fox, e ainda da secretária de Estado da Energia Andrea Leadsom (já apontada como futura ministra das finanças de Boris Johnson).
Recorde-se que David Cameron, ainda em funções, e num momento em que nada se sabe ainda do futuro do Brexit, anunciou a sua demissão em Outubro próximo, logo um dia após o referendo no Reino Unido ter pedido a saída da União Europeia.