Cuidado com as carteiras

Fotografia de myfivechildren.blogstop.com
Vale e Azevedo foi libertado, depois de cumprir parte substancial da pena a que estava a condenado (9 anos e tal, embora pareça menos). Alguém me disse ser preciso começar a ter um cuidado acrescido com as carteiras, e eu faço tenções de levar esse aviso muito a sério. Veremos se ele vai ter de cumprir mais alguma outra condenação – havendo ao que se diz alguma mesmo firme.
O ideal seria vê-lo voltar para Inglaterra, onde andou fugido das prisões nacionais, e consta ter dado um arzinho da sua graça quanto ao caroço ali gasto.
Entretanto, não consigo esquecer o ar ofendido dele (parece que com o apoio de alguma imprensa) por ter sido preso, e não ter conseguido em certa altura passar uns tempos fora (e pirar-se talvez para uma Inglaterra qualquer), porque a Justiça resolveu voltar a metê-lo imediatamente dentro. Curioso: parece que a Justiça, a portuguesa, dessa vez se mexeu.
Tenho reparado que nos tempos que correm quem mais protesta é quem devia ser castigado pela Justiça. Mas hoje parece ser mal vista a ideia de uma Justiça castigadora. Talvez até se acabe por lhe mudar o nome, pretendendo-se apenas que por vezes tire algumas pessoas de circulação, mas tratando-as melhor do que se vivessem pelos seus meios. E repare-se nos meios a que Vale e Azevedo se habituou, provavelmente sem nunca os conseguir alcançar por si.
E recorde-se, salvo as devidas distâncias, aquele assassinozeco norueguês, Anders Breivik, autoproclamado nazi, que assassinou uma quantidade de crianças num campo de férias, e agora, depois de condenado, e estando preso em condições de superluxo (numa suite pessoal com várias divisões, TV, computador, jornais, etc, tudo á conta do Estado), ter agora resolvido protestar por entender ser desumana a situaçãoo em que se encontra. Como se ele tivesse ideia do que é ser humano… Como se não merecesse estar preso em condições um nadinha mais duras e castigadoras… Como se a Justiça não devesse fazer Justiça, castigando um bocadinho também – e talvez não sobrecarregando os contribuintes com o luxo dispensado aos assassinos e vigaristas presos.