Vinagrete 16.05.20

Contratos individuais da Função Pública fora do horário das 35 horas

Fotografia da TSF

Fotografia da TSF

Afinal, a esquerda mais radical do Parlamento (PCP e BE) parece ter aceitado bem as explicações do primeiro-ministro sobre as excepções às 35 horas no horário da Função Pública. Segundo o primeiro-ministro, o horário não será faseado, mas terá excepções de ‘bom senso’, nomeadamente no sector da saúde, para evitar que os cidadãos sejam mal atendidos.

‘Bom senso’. Ideia que parece irritar muita gente, sobretudo ligada ao anterior Executivo de Passos Coelho, mesmo no jornalismo (certo jornalismo, evidentemente). Que prefere ver os alunos do público sem manuais escolares, e a cidadania em geral com menos saúde, ensino e pensões – do que retirar o dinheiro dos contribuintes aos privados (colégios, PPPs, etc.). E talvez seja esta uma das razões porque o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa classificou de ‘irritante’ o optimismo do primeiro-ministro António Costa.

Só fica esta questão: porque estará um sindicato a queimar a popularidade das reivindicações sociais, com uma greve hoje, que ainda por cima incomoda os cidadãos que vêem os filhos com escolas fechadas. E o que farão estes sindicatos quando for preciso reivindicar mesmo? Talvez nessa altura prefiram não reivindicar, ou fazer apenas uma luta pró-forma e impopular.

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