Sexo politicamente correto só aos 5 ano

fotografia de grajaudefato.com.br

Nem queria acreditar, até perceber que faz todo o sentido, nos tempos que correm, esta reportagem – saída há dias no Público. Parece haver gente muito politicamente correta, que acha não se dever condicionar as opções sexuais (ou de ‘género’, como agora é de melhor tom dizer) das crianças antes dos 5 anos. E até lá, naturalmente, abster-se de cores divididas (o cor-de-rosa para as meninas, e o azul para os meninos), ou brinquedos divididos (os sucedâneos modernos dos carrinhos para os rapazes, e das bonecas para as raparigas).

Pois eu serei um velho conservador, mas tenciono dar sempre coisas azuis aos meus netos rapazes (e já agora carrinhos), e cor-de-rosas às raparigas (e bonecas). Pensei até que talvez fosse preciso entrar em polémicas desagradáveis com filhas e filho, genros e nora. Mas não. Até agora, todos eles, parecem pensar nisto como eu. Ou não sou assim tão troglodita, ou os eduquei pelos menos neste aspecto, a meu contento. Ou serão eles tão pouco modernos como eu. Mas que felicidade esta generalidade de incorreção política na minha família – que penso estender-se a sobrinhos e sobrinhos netos. Até se tornou consensual a minha aversão ao McDonald’s, já não apenas por eu não gostar da comida, mas por ninguém apreciar a tentativa de modernidade da cadeia nessa coisa reaccionária dos géneros iguais, e sem o democrático direito às diferenças.